as horas

eu dormia e sonhava, era madrugada. ele não se importava com meu sono, gostava de brincar comigo enquanto estava indefesa. eu o imagino me observando, nua, no meio da noite quando chegava, dormindo como uma criança. posso quase vê-lo tirando a roupa com calma e acariciando o próprio pau, olhando minha bunda enquanto durmo. delicadamente, acaricia meu corpo, minha cintura, afasta minhas coxas sem dificuldade. ainda dormindo, me viro de pernas entreabertas, e ele aproveita o espaço: beija minhas pernas, abre cuidadosamente seu caminho para minha buceta. ele deve sentir meu cheiro quente, ver meus lábios entreabertos, inocentes, meus peitos relaxados, quase uma menina. cheirando com seu nariz muito próximo, ele encosta seus lábios nos meus, explora lentamente minha buceta com sua boca e espera ansioso minha reação. mal me mexo, quase sorrio, e ele continua: sua língua me abre e molha, exibindo os rosas úmidos, sugando como quem se alimenta de leite gelado no meio da noite. penso que acordo de um sonho doce com enguias e peixes, sinto calor e tesão e meio acordada, meio dormindo, me entrego ao prazer de senti-lo me chupar, lamber, explorar com sua língua, lembro de moluscos, caracóis, me esfrego na sua boca de olhos fechados. ele abusa da minha entrega, brinca comigo e me faz quase gozar por quantas vezes quiser, até que se canse e me conduza de volta ao sonho de delírio e prazer, sem que eu me lembre sequer de ter sido acordada. depois, só me lembrarei dos sonhos de gritos silenciosos e carícias mais íntimas que as minhas próprias.